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Receptor, comutador por DTMF
Autor: CT2GPW - António Sérgio Sena / Enviado por Clóvis - PY2TJT

As comunicações via rádio, abrem-nos um mundo de possibilidades. Além de podermos falar, podemos controlar qualquer tipo de máquina ou equipamento, que está num lugar longuínquo. Numa das bases deste controlo, estão os códigos via DTMF (Dual tone Multi frequency), que são um dos sistemas mais sensiveis e efectivos para enviar comandos via canal de audio, seja ele por cabo ou não.

O leitor pode não conhecer muito bem os códigos DTMF, mas certamente os utiliza diariamente, graças a eles as centrais telefónicas sabem para que número têm que encaminhar as chamadas, através da marcação directa no teclado do nosso telefone. Muitos dos nossos equipamentos de rádios, especialmente os "walky-talkies", dispõem de teclado DTMF, e podem enviar os códigos, com alguma facilidade, a outras estações de rádio algures, para sistemas de alarmes, telemetria, telecontrol de repetidores, e muito mais…

Esta montagem permite ao utilizador comandar via combinação de tones DTMF, oito saidas independentes, às quais poderão ser adaptadas cargas maiores, não ultrapassando a potência máxima especificada para cada saída.

Poderá ser ligado a um rádio transceptor, simplesmente a um receptor, scanner, e também ao telefone.

Esta montagem baseia-se em dois chips disponiveis no mercado, e que simplificam o nosso trabalho, visto estarem feitos especificamente para o trabalho em vista. São eles o receptor de DTMF’s; e o microcontrolador PIC, que nos vai comandar todo o circuito.

Temos duas entradas de alimentação, uma de +12VDC e outra de +5VDC; sendo ligadas conforme a disponibilidade de alimentação do utilizador. Se alimentarmos o circuito com +12VDC, temos sempre +5VDC disponiveis na outra entrada; mas se alimentarmos o circuito com +5VDC, não temos +12VDC disponiveis na outra entrada. O led vermelho entre os dois integrados, indica que o circuito está alimentado. O circuito está protejido contra troca polaridades.

Oito saídas estão disponiveis, todas independentes. Estas são simples transistores em colector aberto, que nos dão caminho para a massa (gnd). A indicação de qual a saída activada, é-nos dada através de um led respectivo. Tal como as saídas, existem 8 led’s, um para cada uma desta.

A entrada de audio é mono, e é feita por um simples cabo, portador de sinal e massa da fonte de audio. É importante que este cabo, que liga da fonte de audio à placa de DTMF’s, seja blindado, para evitar que interferências de RF/EMI sejam induzidas neste.

À entrada Audio In, vai ligar o seu aparelho que vai fornecer os tones DTMF. Não esqueçer que poderá ser importante usar cabo blindado !! Regular o volume a meio, mas sem distorçer o som. Se o circuito for ligado a um rádio, este poderá sem qualquer problema funcionar com squelch aberto ou fechado; embora usando-o aberto, vai poder captar tones mais embrulhados no ruido.

As entradas de alimentação e as saídas, poderão ser feitas com cabos normais de alimentação de 1mm2 de secção.

(notar que se estiver aplicada a carga máxima a cada saída, é normal que o transistor aqueça um pouco)

Quando liga o circuito a primeira vez, há que programar as combinações de 3 tones que vão ser usadas para accionar as saídas do circuito.

Cada saída é servida por duas combinações de tones, uma para ligar e outra para desligar.

Assim, vão ser programadas 16 combinações de tones, mais uma para desligar todas as saídas ao mesmo tempo, e mais outra para adormeçer o circuito para questões de segurança (precisando o utilizador de se deslocar ao local para fazer um reset à placa); fazendo um total de 18 combinações de tones !!

A partir deste momento, a placa terá que ter já ligada a entrada de audio, e é conveniente ter escrito num papel todas as combinações de tons que vai programar, visto serem muitos números para introduzir.

Ao alimentar o circuito, tem 2 segundos para entrar o tom de "*" (asterisco). Ao faze-lo, entra em modo de programação, que é indicado pela activação da saída nº 1.

Está pronto a introduzir as combinações. A introdução é feita começando pela 1ª saída e pela combinação de ligar, logo a seguir introduz a combinação de desligar. Passamos à 2ª saída, introduzir a combinação para ligar, depois a combinação para desligar. E assim por diante até acabar de inserir todas as combinações para todas as saídas. Quando o fizer, a combinação que vem a seguir é a desligar todas as saídas. E por último, a de adormecer o circuito, sendo para estas duas últimas usadas, como é óbvio, apenas uma combinação para cada.

Finda a introdução das 18 combinações, o circuito grava os códigos internamente, e sai do modo de programação, indicado pela desactivação da saída nº1. É seguro desligar a alimentação neste momento, porque o circuito tem memória não volátil, que guarda os códigos mesmo com este desligado.

Caso haja um engano na introdução dos códigos, o procedimento é o seguinte: desligue o circuito da alimentação, volte a ligar, carregue dentro dos 2 segundos em "*" (asterisco), e volte a introduzir as combinações do ínicio.

No momento em que liga o circuito, esperar cerca de 2 segundos para ele fazer uma actualização e leitura interna dos códigos programados.

Só tem que introduzir as combinações programadas, e verá as saídas a actuar conforme o estipulado.

O tempo máximo para introduzir as combinações, é de 2 segundos entre cada tom de combinaçao.

Se se enganar na introdução do código, espera cerca de 2 segundos sem introduzir nenhum tom, e pode recomeçar.

Autor:
António Sérgio Sena - CT2GPW
Tim.: +351.967.033.209
Fax.: +351.236.215.256
SENAengenharia
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Publicado por:
PY2TJT - Clóvis - Caieiras / SP