COMEÇO DE CANTIGA....
(II)
Amer J. Feres, PY2DJW
py2djw@gmail.com
Na primeira conversa dissemos que a forma mais simples de se
iniciar na escuta de estações de rádio amador que operam em
HF (Ondas Curtas) é adaptar um receptor de carro.
São baratos e podem ser adquiridos em ferro velhos, são
bons porque foram projetados para trabalhar com antenas curtas,
portanto têm grande sensibilidade e quando colocados em uma
antena apropriada para 40 metros, por exemplo, têm um
rendimento extraordinário. São blindados pois são construidos em caixas metálicas, o que evita ruídos e
interferências. São fáceis de lidar, uma vez que o
principiante estará lidando com 12 volts, provindos de uma
bateria ou de uma pequena fonte, não estando exposto a tensões
altas de 200 ou 300 volts de um equipamento valvulado.
E ainda, são
pequenos e leves podendo ser acondicionados em caixas que lhe dêem
uma aparência de equipamentos profissionais.
Além
de indicar uma mudança nos capacitores que permita a faixa de
49 metros cobrir os 40 metros (7
Megahertz), demos as “dicas” para
a construção de um
Oscilador de Batimento.
Nesta segunda conversa, vamos incluir algumas fotos que
mostram como o auto
rádio poderá ser alojado numa caixa com cara de rádio de
comunicações, já
com a fonte
de alimentação embutida , relê para desligar o receptor no
momento que quiser transmitir, pequeno alto falante embutido na
caixa, o oscilador de batimento (que já deve ter sido construído)
e o MEDIDOR DE INTENSIDADE DE SINAL
( o “S” meter ), cujo circuito apresentamos agora.
Este ESSÍMETRO (ou medidor de intensidade) é um projeto
bem simples, sem grandes pretensões, mas que cumpre bem o seu
papel. Ele é ligado na
última “caneca” de FI
do receptor, no mesmo ponto em que se encontra ligado o
diodo detector de áudio do rádio. O sinal ali existente é
retificado por um outro diodo de germânio (qualquer diodo
detector de germânio serve) e um simples VU, desses
aproveitados de sucata de gravadores ou de sintonizadores de FM,
faz a leitura do sinal. Como é uma medida relativa, não é
necessário se preocupar com uma escala exata.
É só sintonizar o sinal mais fortemente ouvido na faixa
( a Rádio China, à noite, por exemplo) e ajustar o “trim pot”
para o ponteiro chegar no final da escala sem ir além disso. As
outras estações lhe darão a leitura relativa do sinal com o
qual estão sendo recebidas.
Uma limitação imposta, até mesmo pela singeleza deste
circuito, é que cada vez que o oscilador de batimento é ligado
ele sobrecarrega o AGC (controle automático de ganho) do
receptor e o “S meter” vai marcar fim de escala. Como solução,
ao instalar a chave de liga-desliga do oscilador de batimento,
use uma chave
dupla e
uma das seções dessa chave
irá desligar o VU do “S
meter” sempre que o aparelho for colocado para receber SSB ou
CW.
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